Nesta quinta-feira (03/04), a Associação Brasileira de Produtores de Discos (ABPD) divulgou, pela primeira vez em sua história, um relatório sobre música digital no Brasil. Os números são animadores. Em 2007, o setor cresceu 185% em relação ao ano anterior, impulsionado pela venda de músicas on-line. A receita total foi de R$ 24,2 milhões, sendo R$ 5,7 milhões advindos da internet – crescimento de 1.619% comparado a 2006. O restante do faturamento veio das músicas vendidas para celulares, que registrou aumento de 127%.
Já as vendas de mídias físicas mantiveram a queda registrada nos últimos anos. Em 2007, foram vendidos 25,4 milhões de CDs e 5,8 milhões de DVDs, queda de 19,2% e 7,5%, respectivamente, em comparação a 2006. Mesmo assim, com R$ 312,5 milhões arrecadados, os discos representaram a maioria esmagadora – 92,7% - da receita total de música no Brasil em 2007, que foi de R$ 337 milhões.
O presidente da ABPD, Paulo Rosa, atribui parte da culpa pela queda nas vendas de mídias físicas às redes P2P, e pede solução para “a redução dos atuais níveis de pirataria online”. No site da ABPD, inclusive, há um link para o download de um programa que promete evitar que o computador do usuário “seja utilizado na troca ilícita de arquivos de música e filmes protegidos pelas leis de Direito Autoral”.
Mas hoje (04/04) um juiz de Nova York determinou que o ato de disponibilizar arquivos para download em redes P2P não constitui, em si, em roubo de copyright. Kenneth Karas rejeitou os argumentos apresentados pela Recording Industry Association of America (RIAA) contra um usuário do Kazaa porque a instituição não conseguiu comprovar que ele realmente distribuiu as músicas.
Vale lembrar que, em março, a revista americana Blender elegeu a briga da RIAA e das grandes gravadoras contra o Napster, que resultou no fechamento do site, como o maior desastre da história da indústria fonográfica.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário